Dentista suspeita de causar infecções em pacientes após lipos de papada é indiciada por lesão corporal e uso de documento falso
25/07/2024
De acordo com a Polícia Civil, investigações identificaram mais de 20 vítimas da dentista Camilla Groppo. Camilla Groppo
Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou a dentista Camilla Groppo pelos crimes de lesão corporal leve, lesão corporal grave e uso de documento falso. A mulher é suspeita de deixar diversos pacientes com infecções após procedimentos estéticos.
Conforme a polícia informou com exclusividade ao g1, foram identificadas 18 vítimas de lesão corporal leve e três de lesão grave. A PC não pediu a prisão da mulher. A reportagem tenta contato com a defesa dela.
Camilla Groppo, que se apresentava nas redes sociais como especialista em lipos de papada e bichectomias, foi denunciada por diversos pacientes que tiveram infecções bacterianas após a realização dos procedimentos.
Com o rosto muito inchado e sentindo fortes dores, paciente procurou um hospital e recebeu diagnóstico de infecção
Reprodução/TV Globo
A clínica odontológica dela, no Centro de Belo Horizonte, foi interditada no dia 11 de março pela Vigilância Sanitária. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a fiscalização verificou irregularidades como "esterilização inadequada do instrumental utilizado nos procedimentos, além de quantidade insuficiente desses materiais para atender a demanda do estabelecimento".
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita, que na verdade é Camilla Aparecida de Andrade Silveira, tem formação de dentista, mas não estava apta a realizar procedimentos estéticos de lipo de papada e de bichectomia.
Ela chegou a entregar diplomas falsos à instituição. Um deles é o certificado de um curso de "lipo de papada mecânica", do Centro de Treinamento em Anatomia (CTA), com duração de 50 horas. O outro, uma certidão de especialização da mesma faculdade.
Certificado de curso de especialização apresentado por Camila Groppo é falso, segundo investigações
Reprodução/MG2
O g1 questionou o Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG) sobre a situação atual de Camilla na entidade, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Dentista Camilla de Andrade presta depoimento à Polícia Civil
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