Brasileira encontrada morta nos EUA: Justiça nega redução de fiança de US$ 2 milhões e suspeito continua preso

  • 25/07/2024
(Foto: Reprodução)
Segunda audiência sobre o caso aconteceu nesta quinta-feira (25). Corpo de Suzan Christian Barbosa Ferreira, de 42 anos, estava às margens de uma estrada, no estado de Michigan. Nova audiência sobre morte da brasileira encontrada morta nos EUA aconteceu nesta quinta-feira (25) Reprodução/Redes sociais Uma nova audiência sobre o caso da brasileira encontrada morta em uma rodovia nos Estados Unidos aconteceu nesta quinta-feira (25), no Condado de Washtenaw, no estado de Michigan. O julgamento avaliou um pedido para que a fiança do suspeito do crime, Fareed Hajjar, estipulada em US$ 2 milhões, fosse reduzida. A defesa do homem solicitou que ele recebesse liberdade provisória para trabalhar, mediante o pagamento de US$ 200 mil, e ofereceu uma casa como garantia. O juiz Cedric Simpson negou a requisição, considerando que, neste momento, o réu oferece um risco para a sociedade. "Dado o que ouvi hoje, isso pode levar este tribunal a pensar que uma fiança maior pode ser necessária. Mas eu também não vou fazer isso, vou manter a fiança em US$ 2 milhões", afirmou Simpson. O advogado alegou que a causa do óbito ainda é desconhecida e, da mesma forma como poderia tratar-se de um crime, haveria chance de estar relacionada a uma overdose ou ataque cardíaco pelo uso de cocaína. O magistrado, no entanto, repreendeu o argumento. "Eu não sei se você quer usar este argumento, porque, dependendo de quem forneceu a cocaína, mas certamente estando no local, se a overdose de drogas resultar na morte, então você terá um problema totalmente diferente", disse o juiz. A promotora Jessica Blanch afirmou que o resultado preliminar da autópsia indica que a morte da brasileira é "consistente com homicídio" (entenda mais abaixo). "Estou pedindo [a fiança de US$ 2 milhões] com base nas declarações falsas do réu à polícia naquela noite", explicou Blanch, citando dados telefônicos que colocam Hajjar onde o corpo da brasileira foi encontrado e as evidências de que ela esteve na casa dele. "Só isso, por essas circunstâncias, acredito que ele representa um perigo extremo para o público", completou a promotora. Com a decisão, Fareed Hajjar segue preso no Presídio do Condado de Washtenaw. A próxima audiência está prevista para 1º de agosto. GPS ajudou polícia a prender suspeito De acordo com a promotoria, a casa do homem foi o último lugar em que Suzan Christian Barbosa Ferreira, de 42 anos, foi vista antes de ser achada sem vida. Imagens de câmeras de segurança mostram que ela entrou na residência com uma mala, que não foi encontrada pela polícia. Segundo as investigações, o GPS do celular sinalizou que o suspeito, de 57 anos, fez o caminho até o local onde o corpo de Suzan foi localizado. Ele foi detido no dia 9 de julho. Suzan Christian Barbosa Ferreira foi encontrada morta às margens de uma rodovia Arquivo pessoal Em entrevista ao g1, Roberta Natiara, irmã de Suzan, disse que nunca soube da existência desse homem. "Eu nunca ouvi falar neste homem, muito menos sabia que eles tinham algum tipo de contato. A gente espera que seja esclarecido o que aconteceu. Ela entrou na casa dele viva. Depois disso só foi encontrada morta. Se tiver sido ele, que pegue prisão perpétua", desabafou. LEIA MAIS: Brasileira é encontrada morta em rodovia nos EUA; família pede ajuda para trazer corpo ao país 'Mãe de dois, batalhadora e vaidosa': saiba quem é a brasileira encontrada morta em rodovia nos EUA 'É uma dor que eu não sei explicar', lamenta mãe de brasileira encontrada morta em rodovia nos EUA Brasileira encontrada morta em rodovia nos EUA: o que se sabe e o que falta esclarecer Brasileira encontrada morta em rodovia dos EUA foi reconhecida pela arcada dentária O desaparecimento Suzan tinha 42 anos e era a filha do meio de três irmãs. A mulher morava em Pedro Leopoldo, na Grande BH, com a família. Há seis meses, ela trabalhava como funcionária da irmã e do cunhado, em uma loja de produtos importados. No início de junho, viajou para os EUA em busca de fornecedores para os negócios da família. Foi a primeira vez que Suzan saiu do Brasil. Brasileira assassinada nos EUA: vídeo mostra vítima passeando com amiga Roberta Natiara percebeu o sumiço da irmã depois de perceber que ela não ligava mais de vídeo e não enviava mensagens. Foi, então, que os parentes procuraram ajuda. "A última mensagem foi quando ela disse que estava em um hotel e estava cansada, que iria tomar banho e descansar. Ela não tinha desavenças no Brasil, não usava drogas. Era a única [das irmãs] que tinha visto, por isso que fez a viagem", explicou a irmã. Suzan ficou desaparecida durante uma semana até ser encontrada no dia 30 de junho, morta e nua, às margens de uma rodovia dos EUA. Segundo os parentes, a principal suspeita da polícia é a de crime sexual. O corpo foi reconhecido por meio da arcada dentária, após a família enviar um raio-X para os Estados Unidos para possibilitar a identificação 'Mãe de dois, batalhadora e vaidosa' Suzan Christian Barbosa Ferreira foi encontrada morta às margens de uma rodovia Arquivo pessoal Mãe de dois filhos – uma adolescente de 15 e um menino de 5 anos –, batalhadora e muito vaidosa. É assim que Roberta Natiara descreve a irmã. "A gente sempre foi pobre. Para ajudar em casa, Suzan começou a trabalhar aos 13 anos. Era uma pessoa vaidosa, gostava de ser arrumar, alegre, tinha um jeito leve de viver. Era muito bondosa. Tirava dela para dar aos outros. Chegava a ser ingênua, boba. Por isso que acho que ela pode ter caído em algum golpe", disse. 'Dor que eu não sei explicar', lamenta mãe de brasileira encontrada morta nos EUA Para Irene Maria Barbosa, mãe de Suzan, foi injusta a forma como a filha morreu. "É uma dor que eu não sei explicar. Nós duas éramos como duas irmãs, gente. Ela fazia muita coisa por mim. Quando eu estava doente, ela me levava pro médico. Era uma menina muito boa, coração muito bom, ajudava as pessoas, era muito querida. Era muito guerreira, não merecia passar por isso", lamentou. O enterro A família pede ajuda financeira para trazer o corpo da vítima ao Brasil. Conforme os parentes, os gastos com o transporte devem ficar em torno de R$ 100 mil. "Os custos para trazer o corpo são altos e nossa família não dispõe desses recursos", afirmou Roberta. Por nota, o Itamaraty informou que "tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os familiares da cidadã brasileira, para prestar a assistência consular cabível". Em relação aos translado do corpo, o órgão afirmou que, por lei, o transporte não por ser custeado com recursos públicos. Suzan Christian Barbosa Ferreira foi encontrada morta às margens de uma rodovia Redes sociais Os vídeos mais vistos do g1 Minas:

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/07/25/brasileira-encontrada-morta-nos-eua-justica-nega-reducao-de-fianca-de-us-2-milhoes-e-suspeito-segue-preso.ghtml


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