Justiça determina intervenção em fundação mantenedora da Unincor em Três Corações, MG
31/03/2025
(Foto: Reprodução) Na prática, a Justiça determinou que toda a diretoria e os membros do conselho deliberativo sejam afastados provisoriamente do cargo. Justiça determina intervenção em fundação mantenedora da Unincor em Três Corações
A Justiça de Três Corações (MG) determinou uma intervenção na Fundação Comunitária Tricordiana de Educação, mantenedora da Unincor e do Colégio Professor Doutor José Maria Ferreira Maciel.
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Na prática, a Justiça determinou que toda a diretoria e os membros do conselho deliberativo sejam afastados provisoriamente do cargo.
Segundo o Ministério Público, a gestão que foi afastada vinha agindo com falta de transparência e enfrentando muitas dificuldades financeiras.
Hoje a fundação acumula dívidas em torno de R$ 390 milhões, dívidas de acordos trabalhistas e também de impostos. Já o patrimônio líquido da instituição é de R$ 136 milhões.
Justiça determina intervenção judicial em fundação mantenedora da Unincor em Três Corações
Reprodução/EPTV
A Justiça entendeu que não seria adequado continuar o processo de recuperação judicial e, por isso, deu início a um processo de insolvência civil. O objetivo principal é buscar a recuperação financeira. O Ministério Público quer evitar que a universidade entre em um processo de extinção.
As aulas na Unincor e no Colégio Professor Doutor José Maria Ferreira Maciel continuam normalmente. O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais reiterou que já ajuizou inúmeras ações individuais e coletivas contra a instituição de ensino para que as irregularidades trabalhistas sejam corrigidas e os docentes tenham seus direitos preservados.
A EPTV tentou contato com a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação, com o ex-diretor Leandro Rodrigues de Souza e com a empresa responsável pela recuperação judicial, mas não teve retorno.
Operação da PF
A Unincor enfrenta problemas financeiros desde 2008, quando dívidas começaram a acumular. Em 2012, a instituição teve as contas bloqueadas pelo uso indevido de dinheiro.
Em 2022, uma operação da Polícia Federal foi realizada contra crimes de desvio e lavagem de dinheiro. O ex-presidente da instituição, Leandro Rodrigues de Souza, foi preso apontado como chefe do esquema de irregularidades.
Em maio daquele mesmo ano, 12 pessoas foram indiciadas pelos crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro.
Neste mesmo ano, a instituição respondia a mil processos cíveis e 650 trabalhistas. Um administrador judicial foi designado para o caso durante o processo de recuperação judicial.
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